A literatura ganhou força no Rio Grande do Sul apenas na metade do século XIX, quando os movimentos culturais começaram a surgir impulsionados pela criação da imprensa literária no Rio Grande do Sul e também de seu primeiro jornal.
Mas foi durante a Revolução Farroupilha que o Rio Grande do Sul passou a expandir o acesso a essas produções. Na época, a literatura era restrita aos mais ricos, e o surgimento do jornal com espaços para textos de escritores gaúchos passou a democratizar esse conhecimento, facilitando o acesso às produções literárias dos artistas locais.
Criação da Associação Gaúcha de Escritores
Com o objetivo de preservar o patrimônio cultural do nosso estado e estimular as atividades culturais, sociais e históricas, alguns escritores gaúchos fundaram a Associação Gaúcha dos Escritores, em uma assembleia Geral que foi realizada no dia 18 de novembro de 1981.
Nestes quase 40 anos de história, a associação foi responsável por promover inúmeros encontros, seminários e eventos de valorização do livro, da cultura e dos autores gaúchos.
As três primeiras indicações são sobre o contexto histórico, detalhando os acontecimentos da Revolução. Os demais itens são obras fictícias, mas que trazem os traços marcantes da cultura gaúcha.
Agora sim, vamos a nossa lista de leituras!
1. A Revolução Farroupilha - Sandra Jatahy Pesavento
Transformada em símbolo do espírito de bravura do povo gaúcho, a Revolução Farroupilha é o acontecimento mais festejado da historiografia oficial do Rio Grande do Sul. O essencial é entendê-la como um momento histórico no qual a província sulina teve condições de enfrentar o poder durante dez anos, conseguindo, enfim, barganhar com a Corte.
Neste livro, o episódio é analisado criticamente, rompendo com as enganadoras visões saudosistas e glorificadoras que costumam caracterizá-lo.
Por isso, esse é o primeiro livro que você deveria ler para conhecer mais sobre a cultura do Rio Grande do Sul e entender melhor o que aconteceu no 20 de setembro de 1835.
2. Contos Gauchescos - Simões Lopes Neto
Com um estilo inigualável, Simões Lopes Neto (1865-1916) impõe-se como um dos grandes nomes da literatura rio-grandense. Sua contribuição estende-se a literatura brasileira, pois vê a questão do regionalismo sob uma outra ótica, aproveita-se da passagem típica, do linguajar pitoresco, da construção das personagens para construir seu regionalismo.
Porém, o elemento marcante de sua obra é a exploração dos conflitos vivenciados pelo gaúcho que, afinal, são situações paradigmáticas experimentadas por todos os homens, independente de sua nacionalidade e classe social. Nesse sentido, Simões Lopes torna-se universal.
3. A Ferro e Fogo - Josué Guimarães
Qual teria sido, na realidade a participação dos alemães na formação do Rio Grande do Sul? Este extraordinário romance nos dá o primeiro painel de uma conturbada época rio-grandense, sempre às voltas com o entrecortar de espadas e de lanças na demarcação das fronteiras nacionais.
São imigrantes alemães vivendo as suas misérias e desencantos, suas conquistas, seus momentos de ternura e saudade, seu trabalho de sol a sol, suas desavenças, rancores e ódios. É o desespero de quem se vê de uma hora para outra, jogado em terras distantes. Castelhanos e índios, caudilhos e politiqueiros, soldados e prostitutas, formando o grande pano de fundo da vida dos que chegaram ao Brasil atraídos por promessas e garantias fugazes.
O tempo passou com sofrimento, privações, trabalho e luta. Os imigrantes de ontem, hoje estão incorporados na nacionalidade, mesclando raças e claramente influentes no processo de desenvolvimento nacional, na política, nas artes, nos esportes, etc… Tudo isso conseguido a ferro e fogo.
4. Olhai os Lírios do Campo - Érico Veríssimo
Primeiro best-seller de Erico Verissimo, Olhai os lírios do campo representou uma guinada na carreira literária do escritor. Várias edições se esgotaram em poucos meses. Segundo Erico, o sucesso foi tão grande que “teve a força de arrastar consigo os romances” que publicara antes em modestas tiragens.
Eugênio Pontes, moço de origem humilde, a custo se forma médico e, graças a um casamento por interesse, ingressa na elite da sociedade.
Nesse percurso, porém, é obrigado a virar as costas para a família, deixar de lado antigos ideais humanitários e abandonar a mulher que realmente ama. Sensível, comovente, Olhai os lírios do campo é um convite à reflexão sobre os valores autênticos da vida.
5. O Tempo e o Vento - Érico Veríssimo
O Continente abre a mais famosa saga da literatura brasileira, O tempo e o vento. A trilogia ― formada por O Continente, O retrato e O arquipélago ― percorre um século e meio da história do Rio Grande do Sul e do Brasil, acompanhando a formação da família Terra Cambará.
Num constante ir e vir entre o passado ― as Missões, a fundação do povoado de Santa Fé ― e o tempo do Sobrado sitiado pelas forças federalistas, em 1895, desfilam personagens fascinantes, eternamente vivos na imaginação dos leitores de Erico Verissimo: o enigmático Pedro Missioneiro, a corajosa Ana Terra, o intrépido e sedutor Capitão Rodrigo, a tenaz Bibiana.
6. A casa das sete mulheres - Leticia Wierzchowski
A Guerra dos Farrapos, ou Revolução Farroupilha (1835-1845) – uma luta dos latifundiários rio-grandenses contra o Império brasileiro -, foi a mais longa guerra civil do continente sul-americano. O líder do movimento, General Bento Gonçalves da Silva, isolou as mulheres de sua família em uma estância afastada das áreas em conflito com o propósito de protegê-las.
A guerra que se esperava curta começou a se prolongar. E a vida daquelas sete mulheres confinadas na solidão do pampa começou a se transformar. O que não está nos livros de história sobre a mais longa guerra civil do continente está neste livro de Leticia Wierzchowski, um exercício totalizador sobre a violência da guerra e sua influência maléfica sobre o destino de homens e de mulheres. “Leticia concretizou uma ideia fabulosa.”
Livro que deu origem à superprodução da Rede Globo adaptada por Walther Negrão e Maria Adelaide Amaral, com direção de Jayme Monjardim, e exibida em mais de quarenta países.
7. Anita Garibaldi - A estrela da tempestade - Heloisa Prieto
Audaciosa, aventureira, idealista…
Desde criança, Anita Garibaldi era considerada diferente das demais meninas da pacata Laguna. Não à toa, despertou no italiano Giuseppe Garibaldi – no Brasil para se agregar à causa republicana uma intensa paixão que iria levá-los para o centro de um conflito que entrou para a História.
Dona de uma vasta obra para crianças e jovens, Heloisa Prieto narra a trajetória de Anita Garibaldi, um dos principais nomes da Revolução Farroupilha, em linguagem leve e acessível para a garotada a partir das cartas da revolucionária, muitas delas reproduzidas no livro.
ESPECIAL LITERATURA GAÚCHA
Agora que você conhece um pouquinho mais sobre a literatura gaúcha, convido você a assistir o vídeo que preparei para complementar ainda mais a sua experiência. Vem dar uma olhadinha:
E essas foram as nossas 7 dicas de leitura para você que quer entender um pouquinho mais sobre a literatura gaúcha. É importante deixar claro que essas são algumas indicações de leitura, pois existem vários outros títulos que você possa ter visto por aí.
Então, te convido a comentar aqui embaixo se você já leu algum desses livros ou se você sabe de algum outro título que não está nessa lista!
Eu fico por aqui,
mil beijos literários e até a próxima!
mt bom mt bom mesmo
so uma coisinha eu percebi q n tinha nenhuma informaçã sobre josue guimarães
mas fora isso o site e mt bom obg me ajudou mt