Ler Pra Quê?

MESTRES DO TERROR: 7 FILMES INSPIRADOS EM LIVROS

Quem não ama um bom filme de terror, que atire a primeira pedra.

Mas você sabia, que a maioria dos filmes de terror foram baseadas em livros? Algumas, é claro, passaram por mudanças nas adaptações, mas nem por isso, perderam seu brilho. Outras, nos dão ainda mais medo pelo fato de serem baseadas em fatos reais.

Já vi que você ficou com as pernas tremendo. Relaxa, nem tudo é o que parece. E já que o Halloween está chegando, nada melhor do que ler, e também assistir algumas das nossas indicações. Então, confere aí a lista que preparamos para você!

1. Psicose, de Robert Bloch

Psicose, de Alfred Hitchcock, é talvez o maior clássico do cinema de suspense. Não é preciso ser cinéfilo para conhecer a trilha sonora dos violinos, a cena da facada no banheiro, a personagem icônica de Norman Bates. A adaptação não está disponível nas plataformas de stremming, mas você consegue encontrá-la no Youtube.

A obra clássica de Robert Bloch, foi publicado originalmente em 1959, livremente inspirado no caso do assassino de Wisconsin, Ed Gein. O protagonista Norman Bates, assim como Gein, era um assassino solitário que vivia em uma localidade rural isolada, teve uma mãe dominadora, construiu um santuário para ela em um quarto e se vestia com roupas femininas. 

O livro teve dois lançamentos no Brasil, em 1959 e 1964. São, portanto, quase 50 anos sem uma edição no país, sem que a maioria das novas gerações pudesse ler a obra original que Hitchcock adaptou para o cinema em 1960. 

Uma história curiosa envolvendo o livro é que Alfred Hitchcock adquiriu anonimamente os direitos de Psycho e depois comprou todas as cópias do livro disponíveis no mercado para que ninguém o lesse e, consequentemente, ele conseguisse manter a surpresa do final da obra. Em Psicose, Bloch antecipou e prenunciou a explosão do fenômeno serial killer do final dos anos 1980 e começo dos 1990.

Psicose, de Robert Bloch

2. Deixe ela entrar, de John Ajvide Lindqvist

A adaptação foi exibida pela primeira vez no Brasil na 33ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em 2009, o filme sueco Deixa ela entrar é um fenômeno cult. Conquistou prêmios em mais de quarenta festivais pelo mundo e foi refilmado por Hollywood (Deixe-me entrar é a versão americana, de 2010). 

Cena Deixe ela entrar.

Concebida por John Ajvide Lindqvist, a história que deu origem ao filme foi publicada em 2004 na Suécia, onde se tornou best-seller instantâneo, lançada em mais de 30 países.

Trata-se de uma das mais perturbadoras ficções de terror dos últimos tempos. Grande parte de seu impacto se deve à originalidade com que Lindqvist aborda a seara do vampirismo. Vários elementos dessa literatura estão presentes – a começar pelo título, que faz referência à crendice de que vampiros só podem entrar em lugares para os quais são convidados –, porém ambientados no mais cru realismo.

No enredo, Oskar, um garoto de doze anos, vive com a mãe no subúrbio de Estocolmo, na década de 1980. Solitário e alvo de bullying na escola, passa o tempo lendo e colecionando notícias sobre serial killers e planejando se vingar de seus perseguidores. No entanto sua rotina é alterada quando uma garota de doze anos, Eli, se muda para o apartamento ao lado. Uma profunda identificação aproxima o menino a Eli, ao mesmo tempo em que a vizinhança passa a ser assolada por uma onda de mortes misteriosas.

Deixe ela entrar, de John Ajvide Lindqvist

3. It, a coisa, de Stephen King

Você tem medo de palhaços? 

Talvez esse medo tenha relação com essa história. Em seu livro de 1986, Stephen King falou sobre sete crianças que foram aterrorizadas por um palhaço conhecido como Pennywise.

O livro foi adaptado para o cinema em 1990, mas o remake de 2017 ficou com uma qualidade de produção muito melhor.

Cena de It, a coisa.

Durante as férias de 1958, em uma pacata cidadezinha do Maine, Bill, Richie, Stan, Mike, Eddie, Ben e Beverly aprenderam o real sentido da amizade, do amor, da confiança… e do medo. O mais profundo e tenebroso medo. Naquele verão, eles enfrentaram pela primeira vez a Coisa, um ser sobrenatural e maligno que deixou terríveis marcas de sangue em Derry. 

Quase trinta anos depois, os amigos voltam a se encontrar. Uma nova onda de terror tomou a pequena cidade. Mike Hanlon, o único que permaneceu em Derry, dá o sinal. Precisam unir forças novamente. A Coisa volta a atacar e eles devem cumprir a promessa selada com sangue que fizeram quando crianças. Só eles têm a chave do enigma. Só eles sabem o que se esconde nas entranhas de Derry. O tempo é curto, mas somente eles podem vencer a Coisa. 

Neste clássico de Stephen King, os amigos irão até o fim, mesmo que isso signifique ultrapassar os próprios limites.

It, a coisa, de Stephen King.

4. O iluminado, de Stephen King

O romance, levado ao cinema pela direção Stanley Kubrick  e protagonizado por Jack Nicholson, não agradou muito os fãs.

Não é atípico esse tipo de coisa acontecer, porque a adaptação mudou a história original do livro. Então, insisto que você leia o livro e depois assista ao filme para entender a visão de Kubrick sobre a história.

Cena do filme O iluminado.

A luta assustadora entre dois mundos. Um menino e o desejo assassino de poderosas forças malignas. Uma família refém do mal. Nesta guerra sem testemunhas, vencerá o mais forte. Danny Torrance não é um menino comum. É capaz de ouvir pensamentos e transportar-se no tempo. Danny é iluminado. Será uma maldição ou uma bênção? 

A resposta pode estar guardada na imponência assustadora do hotel Overlook. Em O iluminado, quando Jack Torrance consegue o emprego de zelador no velho hotel, todos os problemas da família parecem estar solucionados. Não mais o desemprego e as noites de bebedeiras. Não mais o sofrimento da esposa, Wendy. Tranquilidade e ar puro para o pequeno Danny livrar-se das convulsões que assustam a família. 

Só que o Overlook não é um hotel comum. O tempo esqueceu-se de enterrar velhos ódios e de cicatrizar antigas feridas, e espíritos malignos ainda residem nos corredores. O hotel é uma chaga aberta de ressentimento e desejo de vingança. É uma sentença de morte. E somente os poderes de Danny podem fazer frente à disseminação do mal.

O iluminado, de Stephen King.

5. O bebê de Rosemary, de Ira Levin

Em 1969, O bebê de Rosemary, fenômeno aclamado por público e crítica, foi adaptado para o cinema em uma produção que se tornou um clássico do terror, estrelada por Mia Farrow e Roman Polanski. Em 2014, a força da história sinistra de Rosemary e seu bebê chegou à TV americana, em uma elogiada minissérie estrelada por Zoe Saldana.

Cena do filme O bebê de Rosemary.

Rosemary Woodhouse e seu marido Guy, um ator que luta para se firmar na carreira, mudam-se para um dos endereços mais disputados de Nova York, o Bramford, um edifício antigo de ares vitorianos, habitado em sua maioria por moradores idosos e célebre por uma reputação algo macabra de incidentes misteriosos ao longo da história. 

Sem demora, os novos vizinhos, Roman e Minnie Castevet, vêm dar boas-vindas aos Woodhouse. Apesar das reservas de Rosemary com relação a seus hábitos excêntricos e aos barulhos estranhos que ouve à noite, o casal idoso logo passa a ser uma presença constante em suas vidas, especialmente na de Guy. 

Tudo parece ir de vento em popa. Guy consegue um ótimo papel na Broadway, e novas oportunidades não param de surgir para ele. Rosemary engravida, e os Castevets passam a tratá-la com atenção especial. Mas, à medida que a gestação evolui e parece deixá-la mais frágil, Rosemary começa a suspeitar que as coisas não são o que parecem ser…

6. O Drácula, de Bram Stoker

Adaptação fiel do clássico romance de Bram Stoker, o Drácula De Bram Stoker (1992) ganhou os Oscars de fotografia, maquiagem e efeitos sonoros. Keanu Reeves interpreta o jovem Jonathan Harker.

Embora Stoker não tenha sido influenciado por contos anteriores, o seu romance foi responsável pela popularização dos vampiros através de muitas peças de teatro, cinema e televisão. Drácula ganhou inúmeras interpretações ao longo dos séculos XX e XXI.

Cena do filme Drácula.

Jonathan Harker é um jovem advogado londrino que viaja a trabalho para o interior da Europa. Lá, é capturado pelo conde Vlad Drácula, que fica obcecado pela foto de Mina, a noiva do rapaz. Mina lembra uma antiga paixão de Vlad, morta de forma trágica no século XV. O conde parte para Londres atrás de Mina e por lá instaura um reinado de terror enquanto tenta seduzir a jovem garota. 

Drácula, de Bram Stoker.

7. O silêncio dos inocentes, de Thomas Harris

Livro que inspirou o clássico do cinema O silêncio dos inocentes, adaptado para o cinema com Anthony Hopkins e Jodie Foster nos papéis principais, vencedor de cinco estatuetas do Oscar, incluindo a de Melhor Filme e Melhor Roteiro Adaptado.  

Ao lado de Dragão vermelho, Hannibal e Hannibal: a origem do mal, ele completa a série de livros protagonizada pelo dr. Lecter que deu origem à série de televisão Hannibal.

Cena do filme O silêncio dos inocentes.

Cinco mulheres são brutalmente assassinadas em diferentes localidades dos Estados Unidos pelo serial killer apelidado de Buffalo Bill. A jovem agente do FBI, Clarice Starling, fica surpresa ao ser chamada por Jack Crawford, chefe da Divisão de Ciência do Comportamento. 

Sua missão: interrogar o ardiloso psiquiatra Hannibal Lecter, mantido no Hospital Estadual de Baltimore para Criminosos com Transtornos Mentais, cuja mente psicopata é perigosamente voltada para o crime, mas pode se mostrar útil para o caso, ainda que ele jamais tenha cooperado com as forças da lei.

No entanto, Clarice desperta o interesse de Lecter e ele decide ajudá-la. Porém, em troca, pede que ela lhe dê informações pessoais a seu respeito. Ao seguir as pistas apontadas pelo dr. Lecter, Clarice avança no caso, envolvendo-se em uma teia mortífera, surpreendente e assustadora, à caça de um assassino à solta enquanto se aproxima cada vez mais de um assassino atrás das grades.

O silêncio dos inocentes, de Thomas Harris.

7. Eu sou a lenda, de Richard Matheson

O livro Eu sou a Lenda, do romancista norte-americano Richard Matheson, é uma das mais importantes obras do horror e da ficção científica, originalmente lançada em 1954 e deu origem a três adaptações para o cinema.

A obra de Matheson – um dos principais autores do século XX – modificou o modo de fazer filmes e livros de horror atualmente. O uso da ciência, como a medicina e a biologia, para explicar o surgimento dos vampiros, utilizada em Eu Sou a Lenda, oferece ao público um viés mais realista e possível.

Cena do filme Eu sou a lenda.

A história se passa em um futuro não muito distante, quando todo o mundo é assolado por uma impiedosa praga. Homens, mulheres e até crianças são transformados em monstros carnívoros, e é nesse cenário pós-apocalíptico, tomado por criaturas da noite sedentas de sangue, que Robert Neville se torna o último homem na Terra e passa os dias em busca de comida e suprimentos, lutando para manter-se vivo e são. Mas os infectados espreitam pelas sombras, prontos para acabar com o último bastião da humanidade.

Eu sou a lenda, de Richard Matheson.

Conclusão

Não importa se você tem medo de palhaços, vampiros, criaturas assustadoras que a ciência não sabe explicar, ou de um vírus mortal que pode transformar todo mundo em zumbi. Todo mundo adora um bom filme, e um bom livro de terror. Essas foram algumas sugestões para você se divertir enquanto o Halloween não chega.

Então, se você gostou desse conteúdo, é bom você compartilhar com todos os seus amigos, se não, coisas assustadoras podem acontecer com você!

Brincadeiras à parte, compartilhe esse post e comente aqui qual livro você indica para os nossos fãs de terror e suspense!

Eu fico por aqui,

mil beijos literários e até a próxima!

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