Sempre adorei contar histórias. Como escritora, faço isso desde que tinha quinze anos. Talvez tenha sido isso o que me fez pensar em criar o Ler Pra Quê em uma época da minha vida que parecia que tudo estava confuso.
Essa confusão me deu o maior presente da minha vida e quero compartilhar um pedacinho dessa história com você.
UM PROPÓSITO NO MEIO DA PANDEMIA
O mundo lembra da epidemia de Covid-19 que se alastrou até se transformar em uma pandemia e assustar todas as pessoas, fazendo com que elas se isolassem em suas casas, das pessoas que mais amavam, de seus trabalhos, estocassem comida por tempo indeterminado e se tornassem obcecadas pelo uso de álcool gel. Parece uma Distopia, mas não. Foi a nossa realidade no início de março de 2020, um ano que tinha tudo para ser o pior de toda a História.
Mas, é em meio ao caos, que surge a luz no fim do túnel. Nessa época, ainda trabalhava como CLT e fui afastada do trabalho por um período de quase 45 dias. Esse tempo seria suficiente para me afundar no abismo mais profundo do medo que se espalhava ao meu redor, mas, em vez disso, eu tive uma pequena ideia.
Teria tempo para ler quantos livros quisesse, afinal, minha estante estava lotada. Mas, em vez disso, pensei que seria um bom momento para que as pessoas que tinham medo, assim como eu, do que estava acontecendo no mundo com a pandemia, pudessem ter um refúgio na leitura em meio ao caos que estávamos vivendo. Estava na hora de mostrar que a leitura pode nos despertar de alguma forma.
Havia um projeto trancado na gaveta, o qual nunca me julgava preparada para dar conta. Por vezes, por falta de tempo ou de conhecimento. Ou, quem sabe, dos dois. E, para parar de adiar algumas coisas, resolvi fazer alguns testes antes de me aventurar. Então, logo no início do mês, comecei a estudar sobre como fazer as gravações, o que fazer e o que não fazer, e tudo o que mais vocês imaginarem. Desculpas, é claro, nunca me faltaram. Ah, mas eu não tenho câmera, tripé, ring light, um cenário… E, por aí vai. Eu só esqueci que tinha o mais importante: a vontade de mudar o mundo.
Por mais que eu amasse falar em público, ter que gravar um vídeo, no interior da minha casa, na frente de um celular (o equipamento mais tecnologicamente apropriado que tinha) falando sobre um assunto que eu simplesmente amava, para submeter à maior plataforma de vídeos do mundo, o Youtube, ainda me assustava.
Nunca me sentia preparada para começar. E, isso me deixava frustrada, por ficar comparando o meu início com o de pessoas que já estavam atuando no Youtube há muito mais tempo. Comprei um curso para aprender a gravar vídeos, e comecei a gravar. Gravei tantos que quase perdi as contas. Para vocês saberem, o primeiro vídeo do canal foi gravado mais de treze vezes, porque eu simplesmente ODIAVA a minha voz.
Eu não sabia que estava me preparando para esse momento. O fato de ser julgada pelas pessoas conhecidas por expor a minha imagem, buscando incentivar pessoas do país inteiro a retomarem o hábito da leitura. Mas, do que eu tinha medo? Da crítica? De incentivar as pessoas a lerem mais? Por tentar melhorar, um pouquinho que fosse, a educação do meu país? No fundo, nem eu sabia. Mas, sim, precisei de muita coragem para colocar a minha cara a tapa. Não foi tão fácil assim quanto gostaria que tivesse sido. Mas foi mágico. Foi libertador.
E, assim, no dia 31 de março de 2020, nasceu o canal Literário Ler Pra Quê, com a missão de transformar a vida das pessoas através da leitura.
Confira o primeiro vídeo do canal.
COMECE COM O QUE VOCÊ TEM E VAI LÁ!
Se você assistiu o vídeo acima, vai entender esse parágrafo.
Há três anos, eu só tinha uma grande paixão e um medo muito grande de que ela não fosse suficiente para superar todas as minhas expectativas. Assistir a esse vídeo, que foi gravado há tanto tempo, me fez refletir sobre muitas coisas.
No dia em que fui lançada no Youtube, postei e saí correndo. É claro, divulguei em todas as redes sociais para que pudessem me encontrar, e isso ajudaria o público certo a receber o meu conteúdo.
Esse vídeo tímido, sem muitos recursos, sem muitas habilidades, foi o precursor dos primeiros 28 inscritos no canal. Acreditem se quiserem, mas na noite do lançamento, 28 pessoas aleatórias, se inscreveram no canal.
Naturalmente, fiquei surpresa, pois não esperava que isso realmente aconteceria. Esse fato, as curtidas, os comentários de incentivo de pessoas que nunca nem vi na vida, com o passar do tempo, me fizeram acreditar que criar os conteúdos não era algo tão difícil assim.
Então, tomei uma dose extra de coragem, fundei esse blog, no qual posto conteúdos semanais, criei as redes sociais um pouco mais tarde (uma nova conta no Instagram em 2022 e um teste no TikTok) e hoje, transformamos a vida de quase 3 mil leitores (ou mais).
A ESCOLHA DO NOME
Apesar do fato de gravar vídeos me deixar insegura em um primeiro momento, o adiamento para fundar um canal literário se deu também, pela escolha de um nome que combinasse com o propósito.
Embora Ler Pra Quê pareça um nome tão simples, demorei muito para chegar nele. Foram vários dias (ou meses) pensando, traçando logos e criando slogans que conversassem com a história que queria compartilhar com os leitores.
Até que um belo dia, depois de trocar ideias com algumas pessoas próximas, cheguei à conclusão de que Ler Pra Quê? nos trazia a ideia certa do propósito. Afinal, ler pra quê?
Ler para que possamos adquirir conhecimento.
Ler para ver o mundo de outra forma.
Ler para acreditar.
Ler para evoluir.
Ler para educar.
Ler para transformar.
Foi assim, que descobri que Ler Pra Quê traduzia o meu propósito, o de transformar a vida das pessoas através da leitura ou, como surgiu depois o slogan:
“A leitura transforma as pessoas”.
NOSSOS CONTEÚDOS
Um livro, leva em média, oito horas para ser lido, considerando o tempo médio de leitura de um minuto por página. Muitas pessoas, podem demorar até mais do que isso (é o meu caso), e não há problema algum.
A dificuldade de conseguir “arrumar” um tempo para ler, conseguir se concentrar, ler livros que façam parte das suas preferências pessoais, foram os verdadeiros motivos que nos “despertaram” para levar o Ler Pra Quê à milhares de pessoas.
Infelizmente, temos o hábito de comparar nosso progresso de leitura com o de outras pessoas que praticam a mais tempo, e assim, podemos prejudicar o nosso desempenho, afinal, embora sejamos parecidos, não somos iguais.
Há pessoas com muita dispersão de atenção e precisam praticar a leitura através de audiolivros. Outras pessoas, precisam ler livros físicos porque os e-books se tornam um desafio. E, existem pessoas que usam a internet para ler e-books gratuitos porque não tem condições de adquirir livros físicos (e podem apreciar bibliotecas públicas). Independente de qual seja o seu caso, a nossa missão é mostrar a você, aí do outro lado, que a leitura pode ser mais descomplicada do que parece. E parar de inventar desculpas para não seguir com o hábito, é uma delas.
Mesmo assim, eu insisto que você assista a esse vídeo para entender a importância de ler todos os dias.
UMA COMUNIDADE DE LEITORES
Agora que você conhece um pouco mais sobre o que fazemos e o porquê fazemos, convido você a se juntar a nós através das outras redes nas quais marcamos presença.
Além deste blog, estamos no Youtube, com conteúdos semanais todas as quartas-feiras às 19h (lembre-se de ativar o sininho), no Instagram e no TikTok (podem ir tranquilos que não tem dancinha nossa por lá, mas tem muito conteúdo criativo).
E, se você chegou até aqui com a gente, o nosso agradecimento mais profundo, porque embora o aniversário seja do Ler Pra Quê, sem você nada disso teria sido possível. Obrigada por cada visualização, curtida, comentário, compartilhamento, enfim, por cada vez que você esteve com a gente nesses três anos de existência.
Meu caro leitor, obrigada por existir!
Sei que pode parecer clichê, mas é junto com você que transformamos a vida das pessoas através da leitura. Então, continue espalhando essa ideia por onde quer que vá!
Feliz aniversário para nós!
Mil beijos literários e até o próximo post!
