Ler Pra Quê?

11 LIVROS INFANTIS QUE TODA CRIANÇA DEVERIA LER

A literatura abre as portas para a criatividade, para a descoberta, para um mundo onde só quem lê é capaz de entrar. Esse mundo precisa ser descoberto pelas crianças, para que elas possam perceber que a vida pode ser muito mais bela através da leitura de bons livros, é claro.

As crianças formam vários de seus hábitos pelo exemplo, então, se você não é uma pessoa que lê com frequência na frente dela, possivelmente ela também não vai ler. Por isso, principalmente nos primeiros anos da infância, é importante participar da leitura, seja com brincadeiras divertidas envolvendo os livros, seja com livros cheios de imagens que ajudam a assimilar o contexto da narrativa, seja lendo para ela antes de dormir.

Despertar a imaginação dos pequenos é muito importante, para que eles sejam adultos mais criativos e se apaixonem pelo universo literário. Pensando assim, fizemos uma lista com 11 livros que toda criança deveria ler, para que, mesmo aqueles que ainda não têm, comecem a despertar o interesse pela leitura!

1. A Bolsa Amarela, de Lygia Bojunga.

A Bolsa Amarela já se tornou um “clássico” da literatura infanto-juvenil. É o romance de uma menina que entra em conflito consigo mesma e com a família ao reprimir três grandes vontades (que ela esconde numa bolsa amarela)- a vontade de crescer, a de ser garoto e a de se tornar escritora. 

A partir dessa revelação- por si mesma uma contestação à estrutura familiar tradicional em cujo meio ?criança não tem vontade?- essa menina sensível e imaginativa nos conta o seu dia-a-dia, juntando o mundo real da família ao mundo criado por sua imaginação fértil e povoado de amigos secretos e fantasias. 

Ao mesmo tempo que se sucedem episódios reais e fantásticos, uma aventura espiritual se processa, e a menina segue rumo à sua afirmação como pessoa. A Bolsa Amarela recebeu o selo de ouro da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, dado anualmente ao livro considerado “o melhor para a criança”.

A Bolsa Amarela, de Lygia Bojunga.​

2. O Pequeno Príncipe, de Antoine Saint-Exupéry.

Nesta clássica história que marcou gerações de leitores em todo o mundo, um piloto cai com seu avião no deserto do Saara e encontra um pequeno príncipe, que o leva a uma jornada filosófica e poética através de planetas que encerram a solidão humana. 

A edição conta com a clássica tradução do poeta imortal dom Marcos Barbosa, e é a versão mais consagrada da obra, publicada no Brasil desde 1952.

O Pequeno Príncipe, de Antoine Saint-Exupéry.

3. Ou isto ou aquilo, de Cecília Meireles.

“Ou isto ou aquilo” é um clássico da literatura infantil brasileira. Desde seu lançamento, vem conquistando gerações de leitores. A autora convida as crianças a se aproximarem da poesia, brinca com as palavras, explora a sonoridade, o ritmo, as rimas e a musicalidade.

Ou isto ou aquilo, de Cecília Meireles.

4. Marcelo, marmelo, martelo, de Ruth Rocha.

Situações do cotidiano ganham encanto nas palavras de Ruth Rocha, que inova a maneira de contar histórias. Os personagens dos três contos deste livro são crianças que vivem no espaço urbano. Elas resolvem seus impasses com muita esperteza e vivacidade: Marcelo cria palavras novas; Teresinha e Gabriela acabam se identificando, apesar das diferenças; Caloca compreende a importância da amizade.

Marcelo, marmelo, martelo, de Ruth Rocha.

5. As Aventuras de Pinóquio, de Carlo Colladi.

Pinóquio é o boneco de madeira mais conhecido do mundo. Criado por Gepeto – um marceneiro que se dedica a reformar brinquedos –, esse boneco passa a viver como uma criança comum, embora viva com diferenças que precisam ser superadas para que alcance seu sonho: tornar-se um menino de verdade. 

Publicado em formato de folhetim entre os anos de 1881 a 1883, Pinóquio logo ganhou popularidade no mundo adulto e infantil. A história é uma grande metáfora que expõe as mazelas do mundo: a miséria, o egoísmo, as relações deturpadas e o desprezo pela educação. Pinóquio tornou-se uma das referências da literatura italiana e ganhou versões adaptadas em diversos formatos.

As Aventuras de Pinóquio, de Carlo Colladi.

6. O Menino Maluquinho, de Ziraldo.

Um menininho traquinas, diziam. Tinha macaquinhos no sótão, deitava e rolava, fazendo confusão. Um anjinho, um saci? Alegria da casa, liderava a garotada. Namorador, fazia versinhos, compunha canções, inventava brincadeiras. Era sabido, um amigão. “Menino Maluquinho”, diziam sorrindo as pessoas. Não era, não! Só mais tarde descobriram que tinha sido um garotinho muito amado e, por isso mesmo, muito feliz.

O Menino Maluquinho, de Ziraldo.

7. Meu pé de laranja lima, de José Mauro de Vasconcelos.

Um clássico da literatura brasileira, com adaptações para a televisão, o cinema e o teatro, O Meu Pé de Laranja Lima é desses livros que marcam época. Lançado em 1968, trata-se de uma história fortemente autobiográfica, que demonstra a mão de um escritor experiente, ciente do efeito que pode provocar nos leitores com suas cenas e a composição de seus personagens. 

O protagonista Zezé tem 6 anos e mora num bairro modesto, na zona norte do Rio de Janeiro. O pai está desempregado, e a família passa por dificuldades. O menino vive aprontando, sem jamais se conformar com as limitações que o mundo lhe impõe – viaja com sua imaginação, brinca, explora, descobre, responde aos adultos, mete-se em confusões, causa pequenos desastres. As surras que lhe aplicam seu pai e sua irmã mais velha são seu suplício, a ponto de fazê-lo querer desistir da vida.

 No entanto, o apego ao mundo que criou felizmente sempre fala mais alto. Só não há remédio para a dor, para a perda. E Zezé muito cedo descobrirá isso. A alegria e a tristeza não poderiam estar mais bem combinadas do que nestas páginas. E isso, se não explica, justifica a imensa popularidade alcançada pelo livro.

Meu pé de laranja lima, de José Mauro de Vasconcelos.

8. Alice no País das Maravilhas, Lewis Carroll

Alice no País das Maravilhas foi publicado em 1965 e é um clássico da literatura nonsense. Além da história da menina entediada que persegue um coelho branco, há várias passagens no livro que abordam física, filosofia e lógica. A continuação dessa história aparece em outra obra do autor, Alice através do espelho.

Alice no País das Maravilhas, Lewis Carroll

9. A Menina do Nariz Arrebitado, de Monteiro Lobato

Lúcia Encerrabodes de Oliveira é uma menina que vive com a avó Dona Benta no Sítio do Pica-Pau Amarelo. Graças ao seu nariz arrebitado, ganhou o apelido de Narizinho, por qual é conhecida por todas as pessoas e animais do sítio. 

A vida da menina está prestes a mudar quando ela e a sua boneca Emília são convidadas pelo corajoso Príncipe Escamado a conhecerem o Reino das Águas Claras, onde peixes, insetos, pássaros e todos os tipos de bichos convivem em paz e harmonia. Mal sabe ela que um terrível perigo se aproxima do reino! Em meio à magia da Festa Veneziana, Narizinho se tornará uma peça chave para a salvação de todos! 

A Menina do Nariz Arrebitado é uma adaptação em história em quadrinhos no estilo mangá da obra original de Monteiro Lobato publicada em 1920.

A Menina do Nariz Arrebitado, de Monteiro Lobato

10. A vida não me assusta, de Maya Angelou

Você tem medo de quê? Cachorros bravos, cobras, sapos, dragões soltando fogo? A VIDA NÃO ME ASSUSTA é um pequeno livro de arte para crianças valentes, que enfrentam fantasmas e meninos brigões da escola com a cabeça erguida.

Mas se você é daqueles que têm medo até da própria sombra, fique esperto. A VIDA NÃO ME ASSUSTA pode muito bem ser a inspiração que faltava para você trazer à tona toda a sua coragem.

É até difícil não se apaixonar por este livro. Publicado originalmente há 25 anos, e até então inédito no Brasil, A VIDA NÃO ME ASSUSTA reúne os talentos da poeta e ativista Maya Angelou e do artista gráfico Jean-Michel Basquiat. Dois artistas com histórias de vida sofridas e infâncias problemáticas, mas que nunca se deixaram intimidar. Não importa qual obstáculo apareça no caminho, você sempre pode encontrar forças para superá-lo. Então, nada de medo, combinado?

A VIDA NÃO ME ASSUSTA é o mais novo lançamento da Caveirinha, o selo infantil da DarkSide Books que ajuda os pequenos a darem seus primeiros passos no mundo mágico da fantasia e da imaginação. Enquanto a DarkSide se especializou em tocar o terror, a Caveirinha arrepia sem sustos. 

Os livrinhos têm capa dura, bordas arredondadas para não machucar, histórias para todo o sempre e ilustrações de outro mundo. Tudo com muita qualidade, e o carinho de fã para os futuros fãs.

A vida não me assusta, de Maya Angelou

11. O mágico de OZ, de L. Frank Baum

Quando um terrível ciclone levou Dorothy, a órfã, e seu cãozinho Totó do Kansas até a Terra de Oz, ela temeu não ver nunca mais sua tia Emily e o tio Henry. Mas ela encontrou os Munchkins e eles lhe disseram para seguir a Estrada dos Tijolos Amarelos até a Cidade das Esmeraldas, onde o Grande Mágico de Oz lhe concederia qualquer desejo. 

No caminho, ela encontrou o Espantalho sem cérebro, o Lenhador de Lata e o Leão Covarde. Os quatro amigos partiram em busca de seus mais profundos desejos, e numa série de aventuras fantásticas eles encontram um campo de papoulas mortíferas, animais selvagens, macacos voadores, uma bruxa malvada, uma bruxa boa e o próprio Mágico de Oz.

O mágico de OZ, de L. Frank Baum

INSPIRE AS CRIANÇAS

Em um mundo cheio de novas tecnologias, às vezes fica difícil competir com as distrações, afinal, é sempre um desafio mantê-los calmos sem um aparelho por perto. Mas eis que há uma alternativa: as crianças podem ler pelo celular também.

É claro que nada se compara ao livro físico, mas em todo caso, é necessário se adaptar às mudanças tecnológicas e caminhar com ela, e não contra ela.

Mas o importante é inspirar as nossas crianças a gostarem da leitura, como disse no início desse artigo, educando pelo exemplo. Leia quando estiver próximo das crianças, faça brincadeiras envolvendo a leitura, que são sempre bem-vindas e o mais importante: não force nada para que isso aconteça. 

A mágica está na curiosidade. 

 Espero que você tenha gostado desse artigo, então lembre-se de compartilhar com seus amigos!

Eu fico por aqui,

Mil beijos literários e até a próxima!

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