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Cartas de amor

Às vezes, reencontro trechos de bilhetes que escrevi há algum tempo. Eles ficam espalhados pela minha mesa de trabalho, presos por clipes na agenda ou perdidos no meio de algum livro.

Gosto quando eles me encontram. Digo isso porque tenho muitas anotações, mas aquelas que realmente preciso reler sempre acabam vindo ao meu encontro.

Hoje foi uma dessas ocasiões. Em uma caligrafia desenhada às pressas, lia-se:

“As histórias já estão dentro de nós; elas só precisam ser escritas.”

Busquei na memória a inspiração para aqueles versos perdidos naquele rascunho e, então, me recordei. Quem sabe isso também possa inspirar você de alguma forma.

Eu havia marcado um café com uma amiga e, depois de muita conversa, ela me confessou que adorava escrever, mas sentia-se intimidada com o que poderia acontecer se resolvesse espalhar seus versos pelo mundo.

Tentei convencê-la — não uma, mas várias vezes — a compartilhar seus escritos. Mas ela ainda não se sentia preparada para que as pessoas conhecessem seu universo.

Foi então que começou a escrever cartas para as pessoas que amava. Isso mesmo: cartas. Nelas, compartilhava tudo o que sentia e sua visão poética sobre a vida.

Talvez você não se identifique com a escrita como eu e minha amiga, mas há uma beleza inegável no ato mágico de escrever cartas: você nunca sabe qual será a reação de quem as receberá.

O mistério da espera, a ansiedade pela resposta. A vida é poesia tentando nos lembrar de que nem tudo precisa ser imediato; algumas coisas levam o tempo que precisam.

Não sei se você tem alguém especial para quem possa escrever uma carta ou, quem sabe, um bilhete. Mas, se fosse você, eu me arriscaria.

Mais do que receber uma carta de amor, há algo de especial em escrever uma, colocando nela todo o carinho e admiração que sente por alguém — sua mãe, irmã, avó, pai, cônjuge, um amigo…

Talvez essa pessoa nunca tenha recebido um gesto de afeto como esse, tão simbólico e nostálgico ao mesmo tempo. Não se preocupe com a quantidade de palavras que irá escrever, mas sim com a intenção que colocará nelas quando a caneta tocar o papel.

O padroeiro dos românticos

São Valentim era um padre romano que casava cristãos em segredo. Desobedecendo as ordens do imperador, foi preso e condenado. No dia de sua sentença, enviou uma carta de amor à sua amada. Desde então, ele tem sua imagem associada ao amor e escrever cartas para aqueles que amamos é uma forma de celebrar essa data em diversos países. 

Então, quando estiver escrevendo a sua carta, lembre-se desta frase de São Valentim:

“Que o amor seja a chave que abre todas as portas da felicidade.”

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