No mundo frenético em que vivemos, muitas vezes esquecemos de ouvir, ver e sentir. Quando foi a última vez que você fez uma pausa para observar o que o seu corpo está sentindo?
Saber pausar, fazer aquela respiração profunda que te coloca no “aqui e agora” e te lembra como é bom poder sentir o mundo em sua total simplicidade — isso torna tudo muito mais belo.
Para escrever, é preciso sentir.
E é esse sentir que nos permite ver poesia no caos, enxergar beleza nas adversidades, apreciar o que é tão simples…
É através dessa fluidez que quem usa o poder das palavras acaba se encontrando (e se desencontrando também — afinal, o que seríamos se não nos perdêssemos vez ou outra?). O que ninguém conta é que a tal inspiração surge justamente nos momentos em que o “sentir” se torna a única coisa que realmente importa.
E, como humanos, receio que precisamos reaprender a sentir.
Um bom exercício que podemos começar a fazer é a observação. Contemplar o céu por alguns minutos, o balançar das folhas de uma árvore, o voo de um pássaro, o vapor que sobe de uma xícara de chá… Ou ficar apenas em silêncio por um ou dois minutos. Parece um gesto inofensivo, mas faz toda diferença.
Uma pausa para sentir é um lindo ato de amor consigo mesmo.
E, já que estamos no mês mais romântico do ano, esta reflexão veio para relembrar o quanto o verdadeiro amor está próximo de nós — assim como a escrita está para o escritor, o livro para o leitor, a arte para o artista. A vida, também, está para o amor.
Que você sinta o amor em todas as suas formas — seja através da arte da observação, da escrita ou das boas histórias que preenchem os livros e, também, os nossos corações.