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ÚLTIMA PARADA – RESENHA

Da mesma autora do best-seller Vermelho, Branco e Sangue azul, vamos conhecer a história do seu último romance Última Parada.

August Landry tem uma visão bastante cética sobre a vida. Quando se muda para Nova York e passa a dividir um apartamento com as pessoas mais excêntricas – e encantadoras – que já conheceu, tudo o que quer é construir um futuro sólido e sem surpresas, diferente da vida que teve com a mãe.

E é nesse momento que as coisas simplesmente acontecem em sua vida…

Última Parada, de Casey McQuiston.

QUEM É AUGUST?

August é uma jovem de 23 anos, insegura que está cursando o último semestre da faculdade e precisa de um lugar para morar. É aí que conhece seus amigos mais excêntricos: Mike, Myla, Wes, e acaba por dividir o apartamento com eles.

Ela vai trabalhar em uma cafeteria como garçonete para conseguir manter suas despesas, e nas suas idas e vindas do trabalho andando de metrô, ela dá de cara com uma jovem muito bonita, que é a Jane. Logo que elas começam um diálogo, muitas coisas começam a vir à tona. Principalmente, o fato de que Jane nunca sai daquele metrô.

A representatividade aqui é completa. August é bi, Jane é lésbica, Mike é um homem transgênero. Ele é um médium que mostra o seu lado sensitivo para ajudar todos ao seu redor. Sua namorada Myla, que é panssexual, é uma artista visual, lida com os seus próprios assuntos e se preocupa com o bem-estar de todos. Wes é um gay solitário, que vive em um quarto nos fundos do apartamento onde ninguém tem permissão de entrar, a não ser Isaiah que é uma drag queen, que mora no apartamento da frente e que aos poucos, tenta entrar em sua vida.

Miolo do livro Última Parada.

QUEM É JANE?

Jane é a Garota do Metrô. Por algum motivo, ela está sempre no mesmo metrô que August pega para trabalhar todos os dias. Vestindo o mesmo jeans rasgado e a mesma jaqueta de couro, muito estilo dos anos 70. Sem contar a sua mochila e seu walkman para ouvir as melhores bandas de punk da época.

August percebe que Jane está presa nos anos 70 e por algum motivo, ela está viva, mas impedida de sair daquele metrô. O mais estranho de tudo, é que ela não tem memórias que a ajudem a entender o que aconteceu para estar naquela situação.

August começa a investigar os fatos, na tentativa de descobrir o que aconteceu com a Garota do Metrô e tentar tirá-la de lá. August é uma boa investigadora, já que estava ajudando a própria mãe a encontrar o irmão desaparecido há muito tempo. Isso fez com que ela, praticamente passasse a infância toda ajudando a mãe a identificar os detalhes e a desvendar as pistas para encontrá-lo. Essas mesmas habilidades pareceram muito úteis quando ela percebeu que Jane estava presa no tempo.

August logo percebe que Jane tem habilidades sensoriais. Ela precisa ter sensações que a lembrem de quem ela é. Aí começam os jogos das experimentações, onde August traz variedades de comidas para que ela consiga se lembrar, e aos pouquinhos, conseguimos algumas revelações de Jane, como partes de sua infância, alguns casos amorosos, seu antigo trabalho na mesma cafeteria que August trabalha, lembranças de sua família…

E é nessa parte também que as duas começam a se beijar, a título de investigação. Os beijos são para fazer com que Jane se lembre de pessoas que estiveram com ela em algum momento importante. É com esses mesmos beijos investigativos que August vai se apaixonando ainda mais pela Garota do Metrô.

Livro Última Parada, marcador de páginas e revista da obra.

Há muitas cenas calientes entre August e Jane. Então para quem gosta de cenas hot, esse livro cumpre muito bem esse quesito.

Mas o que chama muito a atenção é o contexto histórico onde Jane está inserida. Na cabeça dela, a não aceitação do público LGBT nos anos 70 seria um empecilho para elas ficarem juntas. 

Mas, aos poucos ela entende que está presa no espaço tempo, dentro de um metrô. Através das conversas entre ela e August conseguimos compreender o que era ser LGBT nos anos 70 e quais eram as maiores dificuldades daquela época.

A AUTORA

Casey McQuiston é uma autora americana de romances, mais conhecida por seu romance de estreia e best-seller do New York Times, Vermelho, Branco e Sangue Azul, e pelo seu segundo romance “Última Parada”. 

A autora, Casey McQuiston.

O KIT DA TAG INÉDITOS

O Kit de Outubro da TAG Inéditos é composto por:

1. Livro com brochura: na capa, encontramos as duas protagonistas desta história de amor, Jane e August, rodeadas por composições gráficas e abstratas que remetem a lugares e objetos da narrativa: os trens do metrô, que entram e saem do plano como se fossem um único elemento infinito; o prédio onde as personagens trabalham; a faca de bolso de August e o toca-fitas de Jane.

2. Box Colecionável: A luva destaca a linha Q, utilizada pelas personagens, representando o mapa do metrô da capital norte-americana, além de ambientar o enredo com pontos turísticos da cidade, como a Estátua da Liberdade e o Empire State Building

3. Marcador de Páginas;

4. Revista sobre a obra;

5. Mimo: A TAG trouxe uma necessaire personalizada com uma etiqueta bordada, que estampa as cores da bandeira e do orgulho LGBTQIA+. Confeccionada em nylon, em formato de envelope e com zíper, ela foi pensada para ser um acessório não apenas útil no dia a dia, mas também um lembrete sobre a importância da representatividade, da pluralidade e da equidade.

Kit Outubro TAG Inéditos.

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ASSISTA AO NOSSO VÍDEO RESENHA

O desfecho da história é um tanto previsível. Na metade da leitura já dá para fazer as suposições do que pode vir acontecer, e enfim, é isso. Os diálogos entre os demais personagens deixam a leitura leve, já que é um livro de comédia romântica. Os personagens foram muito bem construídos e isso torna a leitura muito mais fluída. 

Um das coisas que conecta Jane e August, são as músicas que elas compartilham na rádio, onde Jane oferece uma música para August e vice e versa. Essas músicas são na maioria, de bandas de rock dos anos 70 e 80. 

O livro conta com 395 páginas, bem distribuídas em capítulos.

As temáticas abordadas são sexo, uso de drogas, álcool, afastamento familiar e pessoas desaparecidas.

A teoria da relatividade também é abordada já que a Jane está presa a uma linha no metrô da linha Q, e parece estar conectada aos anos 70 e por esse motivo ela não consegue sair de lá.

É um livro descontraído, com leitura bem leve, embora trate de alguns traumas relacionados com laços familiares, e é claro, indico sim que você aprecie essa leitura!

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Eu fico por aqui,

mil beijos literários e até a próxima!

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