Para Jung, “em cada adulto habita uma criança — uma criança eterna.”
Por muito tempo, confesso que não me importei muito com essa criança. Até que, um belo dia, descobri que ela estava procurando por mim. Então, precisei enfrentá-la e ouvir tudo o que ela tinha a me dizer.
Não foi uma tarefa fácil, pois eu sabia que seria repreendida. Sim, eu tinha medo do seu julgamento.
Medo de que ela me recriminasse por não brincar mais, por não dançar, por não me divertir, por não fluir com a vida, por ter me tornado alguém com uma agenda tão lotada que já não tinha tempo para ser criança.
Acreditava, erroneamente, que ser adulta era o suficiente.
A criança, no entanto, representa o contato mais profundo com a essência de quem somos. Se esquecemos de brincar com ela, consequentemente deixamos de entender o que viemos fazer aqui.
E, para aqueles que acreditam que isso é uma bobagem, digo que essa criança entende muito mais sobre valores do que nós, adultos experientes.
Ela preza a amizade, possui a pureza humana, é uma grande questionadora do mundo e é livre de julgamentos. Não guarda rancor por um jogo que não ganhou; se cai, levanta-se com a mesma facilidade com que caiu.
Essa criança tem tanto a nos ensinar, mas, como adultos, “já sabemos de tudo” e nem temos tempo para ficar brincando com a vida. Temos que trabalhar!
Infelizmente, grande parte de nós ainda pensa assim.
Mas, no momento em que tomamos consciência de que a vida não precisa ser tão entendiante e pegamos na mão da nossa criança, ela volta a ser divertida.
O riso retorna aos lábios, os olhos voltam a brilhar, o coração pulsa com alegria e o mundo recupera o sentido.
Por isso, convido você a buscar, em suas memórias de infância, as coisas que lhe faziam feliz e que você nunca mais fez.
Lembre-se de que sua criança está procurando por você. Portanto, quando encontrá-la, estenda a mão, mas, por favor, não a solte.
Pois, para retornar à casa, é necessário estar de mãos dadas — caso contrário, você pode se perder.
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