O carnaval está chegando e você não vai pular carnaval! Não mesmo!
Devido à pandemia, alguns eventos como esse tendem a ser evitados, por isso, para aproveitar o clima da folia para quem vai estar em casa no feriado, que tal colocar algumas leituras em dia?
Pensando nisso, estamos promovendo o carnaval literário para você ler quantos livros conseguir. Confira as nossas indicações de leitura para ficar no clima brasileiríssimo e embarcar nessas histórias descontraídas!
1. O país do Carnaval, de Jorge Amado
Romance de estreia, escrito quando Jorge Amado tinha dezoito anos, O país do Carnaval (1931) é, apesar do título irônico, mais sombrio e introspectivo que a maioria dos livros que fizeram dele o ficcionista mais popular da literatura brasileira.
A narrativa começa no navio que traz de volta ao Brasil o jovem filho de fazendeiro Paulo Rigger, depois de sete anos em Paris, onde cursara direito e absorvera comportamentos e ideias modernas. Nos primeiros dias que passa no Rio de Janeiro, Rigger tenta compreender um país onde já não se sente em casa, um país que tenta timidamente superar seu atraso oligárquico e ingressar na era industrial e urbana.
De volta a Salvador, ele participa de um grupo de poetas fracassados e jornalistas corruptos que giram em torno do cético Pedro Ticiano, cronista veterano. Todos se sentem insatisfeitos e buscam um sentido para a existência: no amor, no dinheiro, na política, na vida burguesa ou na religião. Nesse romance de geração, as dúvidas e angústias dos personagens espelham a situação do país, que naquele momento passava pela Revolução de 30 e procurava redefinir seus rumos.
2. Meu coração de pedra pomes, de Juliana Frank
Lawanda trabalha num hospital, mas não está ali para lidar com os pacientes – não oficialmente, pelo menos. Ela é uma das encarregadas da limpeza e vive sob a fiscalização da insuportável Lucrécia, que insiste em controlar seus horários e reclamar de seus atrasos.
Mas, como os serviços de faxina são muito mal pagos, Lawanda precisa de outros meios para conseguir comprar os besouros que coleciona (ainda que sua mãe preferisse que ela poupasse para adquirir um apartamento). Assim, presta pequenos serviços escusos aos internos do hospital.
Ela também é colecionadora de borboletas, que costura com esmero em suas calcinhas, sempre usando a linha da mesma cor das asas. Faz esta e outras macumbas para que seu amado José Júnior largue a mulher de uma vez e fique só com ela. Na cama, Lawanda sabe que é imbatível, mas a pressão das tias velhas é grande e o rapaz tem dificuldades de se libertar.
Com humor sagaz e desbocado, Juliana Frank narra as várias facetas do universo fantástico dessa jovem mulher que foge a todas as convenções.
3. Loucuras de Carnaval, de Clara Alves
Às vésperas do Carnaval, Júlia descobre que seu ex-namorado está noivo e se vê sem chão. Decepcionada e frustrada com os rumos da sua vida, ela resolve jogar seus planos tranquilos para o ar e aceitar o convite da melhor amiga de passar o feriado em Cabo Frio.
O único problema é que seus companheiros de viagem são três amigos de Natalie com quem Júlia nunca foi muito com a cara — especialmente o babaca do Victor e aquele sorrisinho desgraçado de lindo que ele tem.
4. 457 milhas, de Rachel Fernandes
O maior problema de Emílio Andolini não é a falta de organização ou seu chefe avoado.
Não é um problema terem confundido os horários do ônibus que os levariam a uma premiação de publicidade no Uruguai ou ter de dirigir os setecentos quilômetros de Porto Alegre a Punta del Este por estradas até certa medida bem conservadas. O problema não é chegar moído à premiação que vai consagrá-lo como o maior e melhor publicitário da América Latina.
No entanto, dirigir até Punta del Este com a redatora mais desprezível da agência e sua maior rival desde os tempos de faculdade definitivamente é um problema. Encarar oito horas de viagem com a mulher que masca um chiclete atrás do outro, que tem o dom de irritá-lo e que age como a rainha de Sabá do mundo da criação é um problema. Um grande problema.
O maior problema de Emílio Andolini não é a falta de organização ou seu chefe avoado. O maior problema de Emílio Andolini é Pietra Salles. Simples e delicado assim.
5. O canto da sereia: um noir baiano, de Nelson Motta
Nunca se viu nada parecido na Bahia. O assassinato da musa do carnaval, em plena terça-feira gorda, eletrizou Salvador – quem teria motivos para matar a linda Sereia, que aos 22 anos se tornara uma estrela exuberante do pop nacional?
A princípio ninguém, mas a lei do suspense clássico também vigora nesta trama de belos e misteriosos cenários baianos. Incluindo o mordomo, são todos suspeitos: os produtores artísticos, a fiel empresária, o compositor dos hits de Sereia e a mãe de santo mais poderosa da Bahia.
Em “O canto da Sereia — um noir baiano”, Nelsinho desvenda a indústria do disco sob um ponto de vista divertido e original: o olhar de Augustão, o nosso investigador particular, o detetive que não vive sem sexo, drogas e afro-jazz.
Os personagens fictícios transitam com desenvoltura pela capital baiana e se misturam a personalidades como Ivete Sangalo, Daniela Mercury, Carlinhos Brown, Gilberto Gil, Caetano, entre outros ilustres que animam a folia baiana.
6. Azul da cor do mar, de Marina Carvalho
Acaso, Destino Ou Loucura? No caso de Rafaela, pode ser tudo isso junto. Para alguém como ela, nada é impossível. Rafaela sonha desde a adolescência com o garoto que viu uma vez, perto do mar, carregando uma mochila xadrez…
A ideia fixa não a impediu, porém, de ser uma menina alegre e muito decidida. Ela quer ser jornalista, e seu sonho está se concretizando: Rafaela Vilas Boas (um nome tão imponente para alguém tão desajeitado) conseguiu um estágio no melhor jornal de Minas Gerais. Mas, como estamos falando da Rafa, alguma coisa tinha que dar errado.
O jornal é mesmo incrível, mas seu colega de trabalho, Bernardo, não é a pessoa mais simpática do mundo. Em meio a reportagens arriscadas – e alguns tropeços – Bernardo acaba percebendo, contra a sua vontade, que Rafaela leva jeito para a coisa… E que eles formam uma dupla de tirar o fôlego. Mas e a mochila? E o garoto, o envelope, as cartas? Um dia a estabanada Rafaela vai ter que se libertar dessa obsessão.
7. Carnaval, de Luiza Trigo
Carnaval com as primas no Recife: praias, música, amigos, sol, diversão… A receita ideal para Gabriela curar a dor de cotovelo depois de ver o ex-namorado beijando uma garota. Para falar a verdade, ela nem gostava mais dele, e era capaz de enumerar seus defeitos sem pestanejar; mas vê-lo assim aos beijos mexeu com o coração da menina.
Decidida a esquecer o ex de uma vez, Gabi faz as malas e deixa o Rio para uma semana de muita curtição no Nordeste. Ela só não contava com a possibilidade de se apaixonar de verdade em pleno Carnaval!
Escrito pela carioca Luiza Trigo, Carnaval conta a história de Gabi, Felipe, Pedro, Juju e Bel, e de um Carnaval inesquecível emoldurado pelas belezas de Pernambuco. Em meio a festas animadas, shows, esticadas até Porto de Galinhas e deliciosos mergulhos e banhos de piscina, Gabi acaba se envolvendo com Pedro, um garoto fofo e gente boa. Mas quem vai mexer de verdade com o coração da menina é Felipe, pena que ele não esteja solteiro…
Apesar das confusões à vista, a química entre Gabi e Felipe é mais forte, e os dois vivem um intenso amor de carnaval. Mas será que esse amor tem chances de sobreviver ao tempo e à distância, quando a quarta-feira de cinzas chegar, e com ela os últimos dias da viagem de Gabi?
Conclusão
Gostou das nossas dicas de leitura? Faltou algum livro que deveria estar nessa lista, conta pra gente!
Como vocês puderam perceber, os títulos selecionados pertencem a autores brasileiros e as histórias não poderiam ser mais típicas do nosso Brasil, nessa época do ano.
Aproveita e já compartilha essa lista com os amigos para todo mundo entrar no clima da Folia Literária!
Eu fico por aqui,
Mil beijos literários,
E até a próxima!