Quando você se incomoda com algo, olhe para dentro e pergunte-se: por que isso me incomoda? Na maioria das vezes, a resposta está dentro de você, não no mundo externo.
Confesso que perdi as contas de quantas vezes me deparei com situações em que alguém importante disse coisas que poderiam ter me ferido.
A reação natural é revidar, dizendo algumas “verdades” ao outro, como forma de legítima defesa.
Mas afinal, qual é a nossa própria verdade?
Se o que foi dito me incomodou, o que exatamente me deixou desconfortável?
Quando temos essa percepção, tudo muda. Percebemos que o problema nunca foi totalmente externo — mesmo que a outra pessoa não tenha tido tato ao conversar com você.
Se, no meu íntimo, sei que aquelas palavras tocaram uma ferida, é provável que ela doa. Mas, no momento em que a encaro e compreendo por que dói, a dor parece diminuir um pouquinho.
Sempre que isso acontece comigo, procuro não reagir de imediato, mas entender o que causou aquele desconforto.
Não é uma tarefa fácil se auto-observar, pois exige mais equilíbrio racional do que emocional. Se encararmos tudo apenas pelas emoções, dificilmente conseguiremos sair desse lugar.
Com o tempo, porém, quando passamos a enxergar esse processo como um exercício, o mundo externo deixa de ser um problema e se torna um professor que está sempre nos ensinando algo.
Aprender é bom, mas, às vezes, dói.
E, se dói, é preciso descobrir o motivo.
Só assim seremos capazes, algum dia, de cicatrizar a ferida.
E você, já passou por algo parecido?
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