Bryan S. Duarte nasceu em 1996, na cidade do Rio de Janeiro. Filho e neto de professores, demonstrou, desde muito cedo, seu interesse pela arte, particularmente pela música e pela escrita. Iniciou sua formação artística no aprendizado do violão e da flauta-doce, esta última por meio dos ensinamentos dos professores de música do Colégio Pedro II.
Depois, encantou-se pelo piano. Formou-se primeiro como flautista, pela Escola de Música Villa-Lobos, e então como Técnico em Mecânica e como Engenheiro de Telecomunicações, pelo CEFET-RJ, períodos acadêmicos nos quais também se dedicou a construir mundos e aventuras fantásticas, em seus primeiros livros, alguns dos quais ainda não prontos para serem lançados.
Seu primeiro livro publicado foi “O Colar de Zerbet”, dando início à Trilogia “Saga Real de Zerbet”, seguido de “O Sumiço do Rei” e “O Tratado de Valurian”.
1.Você pode compartilhar um pouco sobre sua jornada na escrita? Como você começou e como evoluiu ao longo do tempo até se tornar um autor publicado?
Claro. Eu comecei no Ensino Médio. Alguns dos meus amigos, na época, me propuseram a escrever um livro. E eu aceitei, iniciei uma jornada que continua até hoje, literalmente, pois esse primeiro livro ainda não está pronto. Mas ele me rendeu três enredos diferentes sobre os mesmos personagens, agora em fase de revisão. E isso me deu inspiração para escrever “O Colar de Zerbet”, meu primeiro livro publicado.
As estórias são bem diferentes: esses primeiros livros se passam no nosso mundo, onde a escrita está presa à uma sequência de pesquisas aprofundadas, o que foi bastante divertido para mim, mas também demorado. Isso me fez pensar em escrever um novo livro, baseado em um mundo inteiramente fantástico, e foi assim que eu pensei na Saga Real de Zerbet e nos seus personagens maravilhosos, que me acompanham para onde quer que eu vou.
Quanto à publicação, primeiramente eu trabalhei com a KDP Amazon, publiquei o livro como e-book, e então, procurei uma editora para publicar a versão física.
2. Muitos escritores aspirantes têm dúvidas sobre o processo de publicação. Você pode descrever sua experiência ao publicar seu primeiro livro e oferecer sugestões para autores em busca de oportunidades de publicação?
Claro. Eu também tive dúvidas, quando comecei. Eu iniciei minha jornada de publicação com a KDP Amazon. Estava procurando um método que escapasse ao procedimento padrão, que envolva editoras de livros físicos. Essa primeira tentativa foi somente uma experiência, mas foi o pontapé inicial. A plataforma me permitiu publicar o livro para todo o Brasil, por um preço acessível. Foi só depois disso, que pensei em desenvolver uma versão física de “O Colar de Zerbet”. Fiz uma pesquisa sobre editoras que trabalham com autores iniciantes e também trabalhei com uma equipe de ilustradores e diagramadores, para concretizar o meu livro, do jeito que eu queria. Somente depois que o livro estava pronto é que negociei com a Editora, para publicação.
Minhas dicas são: procure plataformas online. Muitas oferecem oportunidade de venda do livro em formato e-book ou mesmo em formato físico. Mas não se esqueça de garantir sua liberdade de conceber seu livro do jeito que você imagina ele. Claro que ajustes são necessários, mas não se esqueça que o livro é seu.
3. Cada autor tem seu próprio processo de escrita. Pode nos contar um pouco sobre o seu? Como você planeja, escreve e revisa seus livros?
Tudo começa com uma ideia. Quando ela surge, eu costumo escrever, em poucas palavras, o que veio à minha mente. Então, eu começo a escrever sobre os personagens principais, aqueles que eu gostaria de ver em cena, em ação, os que fazem girar as engrenagens do enredo.
Às vezes, monto pequenos dossiês dos personagens, com suas descrições físicas e psicológicas (principalmente psicológicas, costumo focar nelas, durante a minha escrita). Por fim, escrevo um roteiro geral, que define o papel desses personagens na estória. Quando eu vou realmente escrever o livro, normalmente o faço logo antes de dormir, ou em finais de semana. A revisão é algo realmente demorado para mim. Eu leio o livro diversas vezes, até não conseguir mais distinguir erros.
4. Ao longo de sua carreira, você deve ter enfrentado desafios literários. Poderia compartilhar um desafio significativo que tenha enfrentado e como o superou?
Meu principal desafio literário é instigar a curiosidade dos potenciais leitores, e eu ainda estou trabalhando com essa meta.
Diria que é um desafio diário, iterativo, de qualquer autor. Para isso, eu me empenho, continuamente, na divulgação de conteúdo nas minhas redes sociais: meu blog é dedicado aos personagens e criaturas do mundo de Chase, da Saga Real de Zerbet, e conta ainda com mapas e curiosidades imperdíveis sobre esse fascinante universo.
Meu Instagram traz, ainda, conteúdo sobre todos os meus livros e contos, reforçando muito do que eu apresentei no meu canal do YouTube, The Bryan’s Library – Magia na Pauta.
5. A construção de personagens autênticos e cativantes é fundamental na escrita. Como você desenvolve seus personagens e os torna memoráveis para os leitores?
Eu gosto de imaginar meus personagens como seres em movimento, tais como cada um de nós. Os personagens crescem, aprendem, acertam e erram, levantam e continuam sua jornada. Então, eu os respeito tais como humanos reais, com qualidades e defeitos. Isso fica na minha mente quando começo a imaginar um personagem.
Por isso, geralmente, meu foco permanece nas suas características psicológicas, que as tornam quem são, seus códigos de ética, sua moralidade. Tanto para esses atributos, quanto para as características físicas, eu costumo montar um texto livre ou um dossiê, no qual eu posso descrevê-lo, como o imagino.
Na minha opinião, o que torna um personagem cativante são suas camadas de personalidade. Eu faço com que os leitores tenham a oportunidade de descobrir mais e mais sobre aqueles personagens, conforme as estórias se desenvolvem.
6. A pesquisa desempenha um papel importante em muitos gêneros literários. Como você aborda a pesquisa para seus livros e garante a precisão dos detalhes?
Eu poderia dividir a pesquisa, no âmbito literário, em 3 grandes grupos: a pesquisa histórico-cultural, a pesquisa de localidade e a pesquisa de artefatos, em que há intersecções entre elas. A pesquisa histórico-cultural é aquela que envolve o conhecimento de aspectos da história de um povo ou lugar, bem como da cultura daquela região.
A pesquisa de localidade foca, por sua vez, na busca pelo reconhecimento de uma determinada região, o que inclui pontos turísticos, ruas, familiarização de locais de interesse, seja por meio do reconhecimento in loco ou por textos/mapas. Por fim, a pesquisa de artefatos aborda aqueles objetos utilizados por determinada cultura, seus diversos nomes e utilidades.
Quando meu livro se passa no nosso mundo, os 3 grupos podem estar presentes, sendo o principal deles a pesquisa de localidade. Para locais de interesse, onde nunca estive, eu procuro ler textos sobre a região e visualizar as áreas, por meio de softwares de mapas. Isso me permite formar textos mais fidedignos. Já para livros que se passam em mundos fantásticos, o principal grupo presente é o da pesquisa de artefatos, que permite trazer familiaridade aos leitores, durante o transcorrer do enredo.
7. Os escritores frequentemente lidam com bloqueios criativos. Como você supera a falta de inspiração e mantém a produtividade em seus projetos de escrita?
O bloqueio criativo é um fenômeno natural. É certo que ele pode interferir na produtividade dos projetos de um artista, mas acredito que o que se deve ter em mente, neste aspecto, é o respeito e a paciência. Respeito a si mesmo e paciência para entender que bloqueios criativos eventualmente passam, é só uma questão de tempo. Muitas vezes, podem ser consequência indireta de outros fatores diários, relacionados ao estresse.
Reduzir o nível de estresse, tratar desses elementos estressantes, me ajuda a pensar de forma mais criativa. Uma estratégia que eu costumo usar para esvaziar minha mente e incentivar as novas ideias, é ter meu momento diário de lazer, seja ele na leitura ou na música.
Contudo, é importante ressaltar que a criatividade tem asas próprias. Não se pode forçar a criatividade, então é bom considerar cronogramas flexíveis, como contingência à eventualidade de bloqueios criativos excessivamente longos.
8. Marketing e promoção são essenciais para alcançar o sucesso como autor. Quais estratégias de marketing literário você encontrou mais eficazes e quais sugestões daria a outros autores que desejam promover seus livros?
As estratégias que eu mais gosto e que costumam ser mais eficazes, no meu caso, são: a promoção relâmpago e o conteúdo personalizado direcionado ao leitor. O conteúdo personalizado pode incluir produtos exclusivos a serem disponibilizados aos leitores, juntamente com o livro, por exemplo, o que dá um caráter de particularidade do produto final. A sugestão que dou é: conheça seu mercado, conheça seu cliente. Estratégias de marketing são mais eficientes se direcionadas ao nicho que você quer alcançar.
9. Além de suas próprias obras, você também é um leitor. Quais livros ou autores influenciaram sua escrita e que livros você recomendaria aos leitores que desejam explorar mais seu gênero literário?
Sem dúvidas, os livros que mais me influenciaram foram:As séries “Percy Jackson e os Olimpianos”, “As Crônicas dos Kane” e “Deltora Quest”. Me inspiro em Emily Rodda, Cornelia Funke, Rick Riordan, Agatha Christie, Christopher Paolini e em J. R. R. Tolkien. Para conhecer mais sobre meus gêneros literários, recomendo ler os seguintes livros: os livros da série “Rangers – A Ordem dos Arqueiros” (John Flanagan), “O Silmarillion” (J.R.R. Tolkien) e a série “Ciclo da Herança” (Christopher Paolini).
10. Para encerrar, que conselhos ou palavras de incentivo você gostaria de compartilhar com escritores iniciantes que aspiram a seguir seus passos e se tornar autores publicados?
Persista e não desanime. Confie nos seus instintos e confie, sempre, na sua estória.
11. Cite as plataformas nas quais os nossos leitores conseguem encontrar as suas obras.
Amazon.com (O Sumiço do Rei versão física ilustrada), Amazon.com.br (e-books de “O Colar de Zerbet”, “O Sumiço do Rei” e “O Tratado de Valurian”).
12. Conheça as obras do autor:
Sinopse: Chase é a herdeira de um reino em ruínas à beira do colapso, mas a última esperança repentinamente recai em seus ombros vinda de uma lenda há muito esquecida, e a estrada não será fácil. Ao lado de um aprendiz de cavaleiro, um jovem lorde, um ferreiro talentoso e um mago misterioso a princesa seguirá as pistas em busca de um artefato mágico capaz de livrar seu povo do fim trágico. Mas talvez ela não seja capaz de lidar com a escuridão que a aguarda no final do caminho…
Sinopse:
Chase já não é mais uma mera princesa herdeira. Casada, e coroada rainha do majestoso reino de Zerbet, a jovem tem que enfrentar novos desafios todos os dias. Quando uma missão dá errado, levando ao súbito desaparecimento do rei, ela parte numa nova jornada junto com seus antigos companheiros de viagem para terras desconhecidas ao sul, seguindo as pistas do que parece ser uma conspiração para destruir as tropas de Zerbet. Será Chase capaz de salvar seu marido e o reino inteiro mais uma vez?
Sinopse: Você já imaginou como seria viver entre as estrelas? Certamente não seria um mar de flores… Ronan e Clarisse cresceram em um lugar bem longe da Terra, um lugar que os humanos chegaram a chamar de lar, mas quando as primeiras naves soralianas apareceram, os dias de paz ficaram para trás. Em busca de um acordo suspeito, proposto por um sujeito nada confiável, Ronan arrisca a própria vida para desesperadamente pôr um fim nisso tudo, mas a missão cobra um preço grande demais para ele. O quanto ele realmente estaria preparado para perder, até chegar ao final dessa jornada?
Conheça o universo incrível do autor!
Agora que você conhece um pouco do escritor Bryan Silva Duarte, convidamos você a acompanhar o trabalho incrível que ele faz através dos links abaixo:
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E eu fico por aqui e te espero na próxima entrevista!
Mil beijos literários!
Adorei a entrevista! O autor é Fantástico 😃👏🏻 conseguiu transmitir muita sinceridade, essa com certeza se reflete em suas obras.Parabéns pela entrevista 💯, e Muito Sucesso pra ele!👏🏻