Matt Haig é um autor conhecido por escrever histórias que mesclam temas emocionais profundos com elementos de fantasia e ficção. Suas obras tocam em assuntos universais como saúde mental, autodescoberta e o propósito da vida.
Duas de suas obras mais populares, A Biblioteca da Meia-Noite e A Vida Impossível, exploram essas questões de maneiras muito diferentes. Mas, afinal, qual dessas histórias é a melhor? A resposta vai depender do que você busca em um livro. Vamos comparar os dois para ajudar na sua escolha.
O Enredo de A Biblioteca da Meia-Noite
Publicado em 2020, A Biblioteca da Meia-Noite apresenta Nora Seed, uma mulher que, após tomar uma decisão drástica para acabar com sua vida, acorda em uma biblioteca entre a vida e a morte. Nesse espaço mágico, cada livro contém uma vida que ela poderia ter vivido, caso tivesse feito escolhas diferentes.
Nora revisita seus arrependimentos e explora possibilidades como se tornar uma nadadora olímpica, uma estrela do rock ou simplesmente manter um relacionamento que terminou. O livro explora temas como a importância de aceitar a si mesmo e encontrar propósito mesmo nas dificuldades. É uma leitura emocionante e filosófica que convida o leitor a refletir sobre o impacto das escolhas e a beleza de uma vida imperfeita.
O Enredo de A Vida Impossível
Em A Vida Impossível, conhecemos Grace Winters, uma professora aposentada de 72 anos, que vive uma existência solitária e sem propósito. Sua vida é marcada pela perda do marido e do filho ainda jovem, além de um sentimento constante de culpa.
Tudo muda quando Grace recebe uma carta inesperada, informando que herdou a casa de uma amiga antiga, Cristina, que foi dada como morta. Mesmo cética, Grace decide partir da Inglaterra para Ibiza, na Espanha, em busca de respostas.
Ao chegar, ela descobre que a ilha guarda mistérios sobrenaturais capazes de desafiar sua lógica e transformar a natureza e as pessoas ao seu redor. Ao mesmo tempo, Grace começa a se abrir para novas experiências, como nadar no mar pela primeira vez e se reconectar com a vida.
Diferenças entre os livros
Ambos os livros têm o inconfundível toque de Matt Haig, com reflexões sobre saúde mental e temas existenciais, mas diferem bastante em suas abordagens:
Tom e estrutura: A Biblioteca da Meia-Noite é mais filosófica e metafórica, apresentando um cenário mágico que funciona como uma metáfora direta para os arrependimentos de Nora. Já A Vida Impossível traz uma narrativa mais realista, ainda que com toques sobrenaturais, focando nas mudanças de Grace em meio ao luto e à redescoberta de si mesma.
Protagonista e faixa etária: Nora, de A Biblioteca da Meia-Noite, é uma mulher jovem e repleta de arrependimentos, enquanto Grace, de A Vida Impossível, é uma idosa que encara os desafios de recomeçar mesmo em uma fase mais avançada da vida. Isso pode impactar a identificação do leitor com as histórias.
Mensagem central: A Biblioteca da Meia-Noite incentiva o leitor a aceitar suas escolhas e viver plenamente a vida que tem, enquanto A Vida Impossível trata da coragem de recomeçar, mesmo quando tudo parece perdido.
Qual é o melhor?
A escolha entre A Biblioteca da Meia-Noite e A Vida Impossível depende muito do que você busca como leitor:
Se você gosta de reflexões filosóficas: A Biblioteca da Meia-Noite é a melhor escolha, com suas mensagens sobre escolhas, arrependimentos e a beleza da vida como ela é.
Se você busca uma narrativa emocional: A Vida Impossível toca profundamente ao abordar temas como luto, culpa e superação, enquanto apresenta cenários e personagens memoráveis.
Se prefere uma leitura rápida e direta: Ambas as obras são fluídas, mas A Biblioteca da Meia-Noite pode ser uma opção mais ágil, enquanto A Vida Impossível demanda mais atenção devido ao seu contexto e mistérios.
A escrita do autor
Um ponto que une essas obras é o estilo de Matt Haig. Sua escrita é acessível, emocional e conversa diretamente com o leitor. Haig aborda temas difíceis, como saúde mental, luto e ansiedade, de forma leve e empática, trazendo elementos pessoais em suas histórias.
Em entrevistas, o autor revelou que suas próprias experiências com depressão e crises existenciais influenciam profundamente suas obras. No caso de A Vida Impossível, o cenário de Ibiza foi inspirado por seu tempo na ilha, onde ele enfrentou momentos desafiadores. Essa conexão pessoal com os temas abordados torna a leitura ainda mais significativa.
Conclusão
Qual é o melhor? Depende do leitor. Se você está em busca de uma história que desafia a lógica e explora os mistérios da existência com um toque sobrenatural, A Vida Impossível pode ser sua melhor aposta. Mas, se deseja algo mais introspectivo e metafórico, A Biblioteca da Meia-Noite provavelmente vai te encantar.
Ambos os livros são marcantes e têm o poder de transformar a forma como você enxerga a vida e suas escolhas. Se puder, leia os dois, afinal, ler nunca é demais.
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Mil beijos literários e até a próxima!