A Bienal do Livro do Rio é um dos maiores eventos literários do mundo. Ela foi realizada no Riocentro de 1 a 10 de setembro e contou com cerca de 300 atrações nacionais e internacionais, além de mais de 200 horas de conteúdos. E essa foi a minha primeira experiência como autora e leitora, e vim aqui lhe contar um pouquinho dessa aventura.
Como leitora
Participei de alguns painéis de debates, tendo a oportunidade de ver de perto alguns escritores, artistas, entre outras figuras marcantes do universo literário. Espaços como o Palavra-chave, Estação Plural e o Café Literário trouxeram temas importantes, não apenas para leitores, mas principalmente, para escritores.
Cada painel tinha uma duração média de uma hora e meia, com direito a perguntas aos entrevistados. No palco, era possível perceber a grandeza de cada um que compartilhava as suas vivências através da palavra e de sua inspiração. Nomes como Conceição Evaristo, que tive a oportunidade de ver bem de pertinho, me fizeram acreditar ainda mais na necessidade de que eventos como este deveriam ser gratuitos e acessíveis a todos.
Mas, enquanto esse sonho não se realiza, também cabe a mim, como fundadora deste canal literário, pensar em formas que viabilizem a transformação literária que tanto almejo para esse mundo em que vivemos. Afinal, se a leitura transforma as pessoas também é necessário que ela seja democrática e esteja presente em todos os lares, meios de comunicação e plataformas que disseminem esse pensamento.
Cenários marcantes
A edição de 40 anos da Bienal surpreendeu com seus cenários encantadores e tão mágicos como as páginas de um livro. Todas as marcas usaram sua criatividade para propiciar as melhores experiências literárias aos seus leitores, e apesar do intenso fluxo de pessoas que perdurou durante todo o evento, alguns momentos foram registrados.
Uma grande estátua da Mônica, celebrando seu aniversário de 60 anos, recebeu os leitores logo na entrada dos pavilhões. A marca registrada de Maurício de Souza (que também esteve presente em vários paineis), também foi homenageada com uma exposição da Turma da Mônica.
Para quem nunca imaginou estar tão perto da cafeteria de Tókio, a Funiculi Funiculá, fomos agraciados com uma xícara de café e uma boa leitura, mas orientados a fazer tudo isso “Antes que o café esfrie.”
No universo mágico de Harry Potter, um Salgueiro Lutador se ergueu no centro do estande da Rocco, enquanto que do lado externo, era possível registrar momentos quase tão marcantes quanto Hogwarts.
No estande da ABL (Academia Brasileira de Letras), fomos convidados a entrar e conhecer um pouco sobre cada um dos acadêmicos, apresentados por ninguém menos do que o próprio fundador, Machado de Assis, através de um holograma.
Em uma passagem rápida, conhecemos o estande da Nave-Mãe Amazon, que reforçou a importância do sistema da KDP (Kindle Direct Publishing) para lançar novos autores, de forma gratuita, no mercado literário, nos lembrando que os livros estão sempre a um toque na palma de nossas mãos.
Esses foram alguns pontos marcantes que me acompanharam durante todo o evento que, com tantas atrações, faltou tempo para conhecer ainda mais!
Como autora independente
Estive presente em um estande de autores independentes (que não tem editora acompanhando o processo de publicação) e conheci pessoas maravilhosas. Desde colegas de profissão até os meus queridos leitores que foram encorajados a embarcar nessa aventura que é A vida da Morte – Jornada ao Submundo.
Esses momentos de conversas e compartilhamento foram muito importantes para minha jornada como escritora. Como colega de profissão de muitos, sei que não trilhamos esse caminho sozinhos. Como “aquela que escreve” percebo que esse contato com pessoas maravilhosas me ajudaram a compreender ainda mais para quem os meus livros são escritos e, receber o carinho dos leitores é algo que superou qualquer expectativa (e deixou o meu coração quentinho!).
Confira alguns momentos com os leitores que se aventuraram em “Jornada ao Submundo.”
Essas foram algumas percepções desse grande evento literário que me trouxe, não só experiências marcantes, mas também, pessoas incríveis que tive a oportunidade de conhecer como o Leandro Coelho (autor de “No Mar das Trevas – A travessia do Tenebroso”), Felipe Santos (autor de “Se estivermos sós”), Vânia Andrade (autora de “Diversidade tem coroa”), Kizie Pontes (autora de “Constelações”), Jéssica Sanz (autora de “Maya Fujita”, “Dominus” e “Purple”) e Marcéllo de Jesus (autor de “Chamas do Sucesso”).
Concluo assim a minha aventura literária pela Bienal do Livro do Rio. Foram dez dias de muita diversão e aprendizado, momentos desafiadores para quem é escritor, mas também, de muita felicidade. Agora só esperar pela próxima aventura na Bienal em 2024, mas desta vez, com destino a São Paulo!
E eu fico por aqui e te espero no próximo post.
Mil beijos literários e até a próxima!