Confesso que neste texto fui picado pelo mosquito da nostalgia e vou escrever sobre um “tempo que não volta mais”. Parece papo de velho (e talvez seja), mas gostaria de discorrer um pouco sobre como a região do Alto Uruguai Gaúcho já foi bem melhor servida em questão de música e cultura. E, para elucidar isso, quero falar a respeito de uma banda que sempre vi e ouvi pelos lados de cá: Os Extra Velhos.
Formada em Erechim na década de 2010, a banda conta com dois singles: “O Sábio Camarada” e “Syd”. Duas ótimas canções que vale a pena dar uma olhada no YouTube. Escutei muito entre 2013 e 2015 (na verdade, até hoje eu paro pra dar uma escutada). O conjunto tinha muita influência de Beatles e Pink Floyd e executava um som gostoso de ouvir, uma música ótima pra parar, escutar e até trocar uma ideia num bar com boas companhias.
Em 2014 a banda lançou o álbum “O Quarto da Raposa”, e aqui quero dar destaque pras minhas duas canções favoritas: “Isqueiro Molhado” e “Turbulências”. A primeira fala sobre estar acontecendo tudo no mundo, todos os problemas possíveis, todos os acontecimentos da vida, mas o fulano só quer saber que seu isqueiro não funciona, pois ele quer fumar seu cigarro. “Turbulências” fala muito a respeito dos altos e baixos da vida, sobre como tudo pode variar e, às vezes, algo não dar muito certo. Particularmente, entram no rol das minhas músicas mais ouvidas da vida.
Sou nostálgico dessa banda, porque me lembra de uma época em que havia um mínimo de vida noturna na cidade de Erechim, no RS; onde havia festivais de banda de rock/metal. E, por óbvio, lembro com carinho desse tempo, pois era quando eu fazia faculdade, tinha pique para sair mais seguido e era mais jovem. Mas sempre comento com amigos que a vida noturna da nossa região é bem complicada (pra não dizer que está morta).











