Os livros têm dessas coisas: a cada nova leitura, não sabemos o que descobriremos nos próximos capítulos, mas, ainda assim, nos deixamos envolver pelo poder desse mistério.
O mistério, por sua vez, instiga nossa curiosidade e nos encoraja a ir adiante, mesmo com medo, a descobrir o que há nas entrelinhas da vida. Apesar de tentarmos compreendê-lo, jamais o conseguiremos por completo.
Afinal, mistério é sempre mistério.
Acredito que seu verdadeiro poder está em nos fazer refletir sobre coisas às quais nunca prestamos atenção.
É próprio do ser humano buscar respostas para tudo o que lhe convém, mas existem coisas e situações que jamais poderão ser explicadas pelo nosso senso comum.
Aceitar que o mistério é aquilo que ele é, muitas vezes, parece inadmissível.
Mas por que tudo precisa ter uma explicação?
Precisamos aceitar que nem sempre teremos todas as respostas para as perguntas que desejamos sanar, e que isso não nos impeça de desfrutar de uma boa aventura.
O mistério, por fim, deveria apenas nos inspirar a procurar, a desbravar horizontes desconhecidos — nunca, em hipótese alguma, a descobri-los por inteiro.
Pois é ele quem nos faz acreditar em algo maior.
E, por falar em mistério...
Em uma noite sombria, Daniel, um jovem de dezesseis anos, é subitamente arrastado, para além do Intermediário, por criaturas grotescas e eufóricas, mergulhando nas entranhas do Submundo, um reino proibido aos seres humanos. Enquanto Blenda, seu anjo guardião, desespera-se ao perceber sua falha, ela recebe ordens do Princípio para resgatá-lo. Contudo, para realizar essa missão, ela precisa da ajuda de um misterioso Mestre do Intermediário. Juntos, embarcam em uma perigosa jornada, desvendando segredos milenares e desafiando as leis divinas. Prepare-se para uma aventura épica onde a linha entre a vida e a morte é tênue, e a jornada ao Submundo se torna uma odisséia que desafia não apenas o destino de Daniel, mas a própria essência da existência.











